A Viavida desempenha um importante papel educacional e assistencial.

Por Mariângela Machado, jornalista voluntária.

O ímpeto de Lucia Elbern, que há 25 anos lutava pela vida do filho que dependia de um transplante, segue reverberando no exitoso trabalho da Viavida Pró-Doações e Transplantes, fundada oficialmente por ela e um grupo de pessoas em 2000. A entidade tem uma trajetória de conquistas, trabalhando incansavelmente para reduzir o tempo de espera na lista de transplantes de órgãos, salvando vidas e disseminando a cultura da doação.  

Mesmo em um momento de dor extrema, ao autorizar a doação de órgãos de um ente querido (diagnosticado com morte encefálica), as famílias podem encontrar conforto ao favorecer a vida de outra pessoa

A Viavida desempenha um importante papel educacional e assistencial, realizando junto à população campanhas de promoção à saúde e de prevenção às patologias que podem levar ao transplante. Também responde pela Pousada Solidariedade: casa de passagem que abriga gratuitamente pessoas sem condições econômicas, no pré ou pós-transplante, de várias regiões do país, que vem à capital gaúcha para fazer a cirurgia.  

Nos últimos anos, a entidade obteve o apoio de muitos segmentos da sociedade para concretizar um sonho antigo: a inauguração da nova sede, programada para 15 de outubro. O espaço, situado no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, foi concedido pelo município e totalmente reformulado, possibilitando dobrar gradativamente a capacidade de atendimento da pousada e facilitar o conjunto de ações do voluntariado.  

As doenças que podem levar ao transplante não distinguem raça, sexo ou posição social. Assim, o trabalho da entidade atende a um problema de saúde pública, já que o transplante é um processo complexo que não acaba na cirurgia, exigindo cuidados permanentes. Trata-se de um procedimento médico singular, no qual o RS é referência nacional, financiado 95%  pelo SUS

Mesmo em um momento de dor extrema, ao autorizar a doação de órgãos de um ente querido (diagnosticado com morte encefálica), as famílias podem encontrar conforto ao favorecer a vida de outra pessoa. Transformar espera em esperança faz diferença aos que lutam pela sobrevivência aguardando por um órgão.