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A terapia com antivirais de ação direta (DAAS) para hepatite C é tão eficaz em contextos do mundo real como era em ensaios clínicos, de acordo com pesquisa apresentada no Congresso Internacional de fígado em Barcelona-abril-2016.

Os pesquisadores do Departamento de Assuntos de Veteranos (de guerra) analisaram os registros de 9.604 pessoas com hepatite C que completaram a terapia com uma combinação DAA e foram seguidos até doze semanas após o término do tratamento.

Os pacientes receberam um de três tratamentos: simeprevir / sofosbuvir (3.064), ledipasvir / sofosbuvir (5.524), ombitasvir / paritaprevir / ritonavir / dasabuvir (3D) (1.012).

A maioria (96,3%) dos pacientes eram do sexo masculino, 65,1% tinham idade entre 60 e 65 anos e 75,4% tinham genótipo 1. Os pacientes com doença hepática mais avançada no início do estudo eram mais propensos a ter a terapia recebida com simeprevir / sofosbuvir, o primeiro dos regimes de estudo que chegou ao mercado.

Todos as três combinações alcançaram taxas SVR12 impressionantes. simeprevir / sofosbuvir = 87,3%, ledipasvir / sofosbuvir = 93,2%, 3D = 93,4%

Depois de controlar as características de base, as pessoas que tomaram ledipasvir / sofosbuvir ou a combinação 3D eram significativamente mais propensos a alcançar SVR12 do que as pessoas que tomaram simeprevir / sofosbuvir. A gravidade da doença no fígado afetou os resultados do tratamento, com doença mais grave associada a menores chances de alcançar SVR12. Genótipo diferente de 1, também foi associado com chances reduzidas de supressão viral sustentada, mas a co-infecção com o HIV não afetou os resultados do tratamento.

Os investigadores concluíram que a utilização de combinações de DAAs em ambientes de rotina cumpriram a promessa: – mais de 90% de cura, tal como documentado em ensaios clínicos.

Fonte: McCombs J et al. Analysis of the real-world effectiveness of direct acting antiviral treatments for hepatitis C in a large population. International Liver Congress, Barcelona, 2016.